terça-feira, 18 de novembro de 2014

A crise do Direito


Nas faculdades de Direito brasileiras, como explicado por Lênio Luiz Streck[1], são ensinados, de um modo geral, apenas os “casos fáceis” (easy cases), baseados em um positivismo ultrapassado, reacionário, alienado da realidade social e das expectativas da sociedade.
Isso ocorre em grande parte, por culpa de uma legislação que não aderiu à modernidade tardia do Brasil e à Constituição Cidadã da República Federativa do Brasil de 1988, havendo, ainda, uma barreira, que impede que a legislação se adeque ao Estado Democrático de Direito do século XXI, fruto das conquistas sociais que custaram tão caro à população. Soma-se a isso a crise do Direito e do Ensino Jurídico, pois a função jurisdicional no Brasil é vista por muitos críticos[2] como ineficiente e com pouco retorno social, além de custar uma fortuna ao erário.
Os cursos jurídicos proliferam-se, a maioria deles com pouca qualidade, assim como os livros jurídicos, as dissertações de mestrado, os artigos de internet, entre outros, sem acrescentar nada de novo. A maioria dos alunos da graduação encara a monografia de conclusão de curso como um mero requisito formal para a obtenção do título de bacharel em Direito (ou do mítico título “doutor”), muitas vezes influenciados pelos próprios professores.
O que se vê são repetidas “teses” já batidas, muitas vezes plágios e cópias mal feitas uma das outras, como “a função social das empresas”, “a função social dos contratos”, “o casamento homoafetivo”, “a adoção de filhos por casais homoafetivos”, entre outros, como se não houvesse nada de novo ou mais interessantes no Direito. Ao contrário do que parece, o Direito é dinâmico e está em constante evolução, ao que se espera, para melhor. Sua aparência estática se deve em muito à jurisprudência conservadora, que muitas vezes é um mero “ctrl + c” “ctrl + v” de outras salvas nos computadores dos tribunais.
Como disse Lênio Luiz Streck em seu “Hermenêutica Jurídica e(m) Crise”[3], “De um trabalho de pós-graduação na Faculdade de Direito da USP, do longínquo de 1981, extrai-se a seguinte denúncia: 'O ensino do Direito como está posto favorece o imobilismo de alunos e professores. No esforço de renovação, uns atingem o grau de doutrinadores e o prestígio da cadeira universitária. Os outros, além do mítico título de 'doutor', obtêm a habilitação profissional que lhes permitem viver de um trabalho não braçal (white collar). A tarefa do ensino para o aluno é cumprida nestes termos: aprendido o abc do Processo e do Direito Civil, já está habilitado a viver de inventários e cobranças sem maior indagação. (…) É claro que este operário anônimo do Direito é necessário, mas por que deve ser inconsciente? (…)
Sua atividade passa a ser meramente formal, sem influencia no processo de tomada de decisão e no planejamento. O jurista formado por escolas, convém lembrar, não será apenas advogado: será também o juiz que fará parte, afinal de contas, de um dos poderes políticos do estado. A alienação do jurista, deste modo, colabora também na supressão das garantias de direitos. É que o centro de equilíbrio social (ou de legitimação) é colocado na eficiência, não no bem do homem. Começa-se a falar em um bem comum que só existe nas estatísticas dos planejadores, mas que a pobreza dos centros urbanos desmente. E, em nome desse bem comum, alcançável pela eficiência, sacrificam-se alguns valores que talvez não fosse inútil preservar'. Repito a pergunta feita anteriormente: o que mudou de lá para cá?
Respondendo a pergunta do nobre jurista, Lênio Luiz Streck, lamentavelmente, a resposta é afirmativa, e para pior. Agora, além da situação relatada no trabalho de 1981, o que se vê é uma expansão dos cursos de pós-graduação lato sensu (especializações) de qualidade duvidosa, assim como de “cursinhos” preparatórios para o exame da OAB, semelhantes aos pré-vestibulares e a proletarização da advocacia, que recebe cada vez mais salários baixos, em razão da desvalorização da profissão e dos maus profissionais da área, a ponto de vermos a situação absurda do advogado do goleiro Bruno, em um caso de repercussão nacional, ser flagrado fumando crack, algo inadmissível, sob a desculpa de que era dependente químico desta droga, geralmente usada por moradores de rua.
São muitos os relatos sobre o desrespeito aos advogados nos tribunais e todos conhecem o fenômeno da corrida desenfreada da classe média aos concursos públicos, almejando sonhos egoístas de terem uma boa remuneração, reconhecimento e estabilidade financeira, sem contribuir para a construção de um Brasil melhor. O serviço público se tornou a regra entre todos os estudantes de classe média, em especial dos bacharéis em Direito, que não veem alternativas ou oportunidade melhor na vida, em razão da má gestão pública, da corrupção e da falta de planejamento do Poder Público.
Com a “corrida maluca” aos concursos públicos, cresceu de forma exponencial a mercantilização do ensino jurídico, com a expansão do número de faculdades e de vagas nas universidades, que criam cursos vespertinos para ocupar o espaço inutilizado das salas de aula e com isso ganhar mais dinheiro, bem como de cursinhos que abrigam estudantes sem um pensamento crítico e sem bagagem jurídica suficiente para ocupar qualquer função pública.
Surgiu a figura dos “concurseiros” e do professor “show-man”, que é capaz de, até mesmo, cantar músicas para o aluno aprender, ou melhor, decorar, as matérias ensinadas. Em vez de ensinar o aluno a raciocinar, ensinam-se técnicas mnemônicas para facilitar a memorização dos alunos. É assustadora a péssima qualidade das publicações jurídicas, a ponto de duvidarmos da seriedade de como foram feitas e a acreditar que a sua função não era a de ensinar ou de fazer o leitor refletir, mas, simplesmente para serem usadas pelo autor como títulos para concursos. Isso reflete na má qualidade na prestação de toda a atividade jurisdicional brasileira. Os poucos profissionais que levam o Direito a sério acabam se destacando no meio da multidão de bacharéis em Direito, que são muitos, diga-se de passagem.
O Direito passou a ser encarado pelos estudantes como mero “decoreba” de leis, súmulas e jurisprudências, esquecendo os alunos que o Direito é também argumentar, questionar, pensar, repensar, desenvolver novas teorias e sair “dos muros” das universidades, pois o Direito é muito fechado em si mesmo, esquecendo-se das demais ciências sociais e humanas.
Essa cultura medíocre nas faculdades de Direito tem formado uma legião de pífios, de pessoas sem iniciativa e sem criatividade, que buscam no Direito a possibilidade de se acomodarem no conforto gerado pela sinecura de um serviço público. São os bacharéis concurseiros, muitas vezes meros portadores da carteira da OAB, que não vivenciam a vasta complexidade das ciências jurídicas, transformando-a em mera técnica para passar nos concursos públicos em todo o país. Enfim, o Direito no Brasil está em crise, devendo ser repensado em prol da sociedade e das futuras gerações.




[1] STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado
editora. 2009, pág. 81
[2] Veja Lênio Luiz Streck. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do advogado editora. 2009
[3] STRECK, Lênio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 8ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado
editora. 2009, pág. 86

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

O que pensa o espiritismo sobre o socialismo?

A doutrina espírita é uma das religiões que mais crescem no mundo. E não é sem motivo. Ela prega uma revolução moral e espiritual do homem, apresentando-se como uma das mais coerentes doutrinas religiosas.

No livro “O consolador” psicografado por Chico Xavier, Emanuel, espírito guia do médium, na pergunta 60, apresenta o equívoco que é o socialismo.



Poderão os homens resolver sem atritos as chamadas questões proletárias?


Emmanuel - Sim, quando se decidirem a aceitar e aplicar os princípios sagrados do Evangelho.



Os regulamentos apaixonados, as greves, os decretos unilaterais, as ideologias revolucionárias, são cataplasmas inexpressivas, complicando a chaga da coletividade.


O socialismo é uma bela expressão de cultura humana, enquanto não resvala para os pólos do extremismo.


Todos os absurdos das teorias sociais decorrem da ignorância dos homens relativamente à necessidade de sua cristianização. Conhecemos daqui os maus dirigentes e os maus dirigidos, não como homens ricos e pobres, mas como avarentos e a revoltados. Nessas duas expressões, as criaturas operaram o desequilíbrio de todos os mecanismos do trabalho natural.


A verdade é que todos os homens são proletários da evolução e nenhum esforço de boa realização na Terra é indigno do espírito encarnado.


Cada máquina exige uma direção especial, e o mecanismo do mundo requer o infinito de aptidões e de conhecimentos.


Sem a harmonia de cada peça na posição em que se encontra, toda produção é contraproducente e toda boa tarefa, impossível.


Todos os homens são ricos pelas bênçãos de Deus e cada qual deve aproveitar, com êxito, os “talentos” recebidos, porquanto, sem exceção de um só, prestarão um dia, alem-túmulo, contas de seus esforços.


Que os trabalhadores da direção saibam amar, e que os da realização nunca odeiem. Essa é a verdade pela qual compreendemos que todos os problemas do trabalho, na Terra, representam uma equação de Evangelho."

sábado, 11 de outubro de 2014

O movimento transhumanista e a utopia de um admirável mundo novo

O movimento trans-humanista é um movimento filosófico emergente que visa a dotar o ser-humano de capacidades que ele não tem, muitas delas copiadas de animais. Tem como objetivo, formar um novo ser humano, os "pós-humanos", sem as nossas atuais limitações.

A ideia seria a de dissolver a imagem do ser-humano e fazê-lo um produto industrial. Por meio da manipulação genética e a integração de equipamentos eletrônicos e pessoas, o movimento trans-humanista pretende construir uma nova espécie.

Tudo se inicia com a tentativa de se impor um modelo ideal de sociedade e de felicidade. Ao logo da história, todas as tentativas de impor um modelo social de acordo com a concepção de seus criadores, resultou em mortes, barbaridades e todo tipo de atrocidade. Exemplo disso foi o comunismo e o nazi-socialismo.

Em outras palavras, a ideia é de que a forma humana seja determinada por um grupo de cientistas a serviço do governo. Isso é monstruosidade!

Aristóteles já dizia que a ciência deve partir do conhecimento do senso comum e aperfeiçoá-lo. Mas a ideia desse movimento não é aperfeiçoar o senso comum, mas substituí-lo. Ou seja, nesse novo conceito, as coisas não seriam do modo como as vemos, mas do modo como esse grupo de cientistas quer que vejamos.

No livro "Admirável Mundo Novo", o autor Aldous Huxley nos leva a fazer uma importante reflexão sobre os rumos da sociedade e da ciência.

Na sociedade relatada por Huxley, não havia fome, miséria nem nenhuma outra mazela social. As pessoas viviam em uma aparente felicidade geral. Não havia reprodução sexuada entre as pessoas, já que todas eram estéreis. A reprodução era feita laboratório e, por meio da manipulação genética, eram "fabricados" de acordo com a função que desempenhariam na sociedade. O mundo foi dividido em castas, no qual era impossível a ascensão social. Quem nascia para pertencer a uma determina casta, além de geneticamente estar dotado com as características necessárias a ela, era desde criança preparada psicologicamente, pelo Estado, para melhor desempenhar suas funções. O livro relata, por exemplo, que as crianças que nasciam para ser operários, eram colocados em uma sala com livros. Ao se aproximar dos livros, um barulho ensurdecedor era disparado, de modo que as crianças ficavam traumatizadas e perdiam o interesse pela leitura.

Nesse cenário assustador, a condição humana foi relegada à ciência e ao interesse social. Não havia liberdade. Apenas uma sombria ditadura em prol da "felicidade geral".

O livro, que é um romance, conta a história de um personagem, que após se apaixonar por uma mulher e se revoltar com aquele modelo de sociedade, foi preso em uma ilha. Aldous Huxley foi muito sagaz em sua crítica. Afinal, na ilha, longe daquele estado social, as pessoas tinha mais liberdade e a vida era mais humana.

O movimento transumanista assusta um pouco. Logo imagino que brevemente surgirá uma nova espécie humana, criada em laboratório e que nos sucederá na história. Talvez, e eu não duvido, haja uma guerra entre a nossa espécie e o novo homem vindouro. 

A ideia de quer impor um modelo ideal de sociedade, sempre abriu margem para abusos e regimes ditatoriais, Depois da própria vida, a liberdade é o valor mais importante e que deve ser preservado. Um novo homem e uma nova sociedade podem resultar em uma condição humana abominável, na qual os valores morais tradicionais seriam relegados em prol de um novo e sombrio paradigma.

sábado, 6 de setembro de 2014

Sim, Hitler era socialista!

Em 1927, Hitler proferiu o seguinte discurso, no dia do trabalho:

"Nós somos socialistas, nós somos inimigos do sistema econômico capitalista atual de exploração dos economicamente fracos, com seus salários injustos, com sua ultrajante avaliação de um ser humano e acordo com sua riqueza e propriedade ao invés de responsabilidade e comportamento, e nós estamos determinados a destruir esse sistema custe o que custar."

Sim, esse discurso foi feito por um dos maiores ditadores esquerdistas da história: Hitler. Poucos sabem, mas o nazismo representou o auge do estado social, caracterizado pela concentração de poder nas mãos do Estado e na restrição às liberdades econômicas e individuais. O nazismo se caracterizou como um estado totalitário - estado máximo ou total - e autoritário, assim como foi o regime comunista na URSS, em Cuba e na Coreia do Norte.

O nome do partido de Hitler deixa claro a sua ideologia, "Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialista". Esse partido pregava a reforma agrária e defendia a colocação do bem comum sobre os interesses individuais. Foi exatamente o que eles fizeram e o resultado todos conhecem.

É comum ouvirmos pessoas dizerem que o nazismo era capitalista, que Hitler perseguiu os comunistas, que a direita é nazista etc ... Refinada estupidez!

Hitler estudou Marx e era um grande admirador de seus métodos. Diante de uma Alemanha arrasada após a primeira guerra, viu-se com a missão de implantar o comunismo, desapropriar terras e exterminar com o povo judeu, tudo em prol do bem comum.

A história nos mostra que, em 1939, nazistas e os bolcheviques fecharam um acordo de cooperação, conhecido como pacto Molotov-Ribbentrop. Eram parceiros até que o acordo fosse rasgado.

Em nome da utopia de tornar o mundo melhor, o nacional-socialismo praticou todo tipo de barbaridade. O Estado total comandava as atividades econômicas e restringia as atividades individuais. Homossexuais foram brutalmente assassinados, opositores tiveram o mesmo destino e banqueiros e fazendeiros tiveram suas propriedades expropriadas em nome desse "mundo melhor".

Em oposição a esse regime de extrema esquerda, o Estado liberal capitalista defendia, e continua defendendo, a liberdade econômica e as liberdades individuais. Nesse modelo, o estado existiria apenas para assegurar o mínimo, de forma a garantir a existência de liberdade.

Ao defender o Estado máximo, muitos se esquecem que o Estado é feito de pessoas e que se for muito grande, certamente a liberdade estará comprometida. Devemos sempre nos lembrar da importância de se defender o direito de cada um de trabalhar, viver, estudar e até mesmo de se casar, com o quê e com quem quer que seja. Somente em uma sociedade capitalista, que incentiva o trabalho e a liberdade, é que poderemos ter uma sociedade verdadeiramente plural.

Não nos esqueçamos de que todos os regimes comunistas e totalitários foram cruéis e perversos. Muitos morreram e prol da utopia de que o Estado deve ser Deus. Alain Besançon, em A infelicidade do século, disse uma grande verdade:

"O comunismo é mais perverso que o nazismo porque ele não pede ao homem que atue conscientemente como um criminoso, mas, ao contrário, se serve do espírito de justiça e de bondade que se estendeu por toda a terra para difundir em toda a terra o mal. Cada experiência comunista é recomeçada na inocência"

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Israel ou Palestina: Quem é o vilão?

No final do mês de julho, a imprensa do mundo todo noticiou o conflito na Faixa de Gaza, que resultou na destruição de uma escola na Palestina.

Foi o suficiente para que pessoas do mundo inteiro se solidarizassem com os palestinos, demonizando Israel como o país cruel e sanguinário que estava, injustamente, atacando a população inocente da Palestina. O famoso jornal de esquerda Carta Capital – altamente tendencioso, diga-se de passagem -, chegou a publicar uma reportagem chamada “Sejamos sinceros, Israel não quer a paz”. Mas será que está correta essa versão? Uma pessoa que tem o mínimo de bom senso e compreensão, sabe que não.

Para entendermos esse conflito, é necessário que retomemos a história. O povo judeu se estabeleceru naquela região muito antes de Cristo. Foram expulsos pelo Romanos e pelos Turcos Otomanos. Mesmo assim, muitos permaneceram na região, e ela nunca deixou de contar com numeroso contingente judaico. Os que foram expulsos, se dirigiram para a Europa, onde foram perseguidos pelos católicos e barbaramente mortos nos chamados Pogrons. Mas tarde, já no século XX, ocorreu o terrível holocausto, quando o regime de extrema esquerda, nazismo, dizimou milhões de judeus.

Em todo esse período, o sonho da volta à terra santa permaneceu vivo entre o povo judeu, surgindo o sionismo. Ao contrário do que muitos pensam, os judeus não invadiram e tomaram o Oriente Médio a força, mas sim várias famílias compraram, honestamente, terras na região, muitas vezes de especuladores árabes que viviam no Líbano.

Pois bem, o senso comum e os seguidores da esquerda concebem a ideia de que a Inglaterra, juntamente com a ONU, implantou forçadamente o Estado de Israel na região. Chegam ainda a dizer que o Estado de Israel deveria ter sido criado em outro lugar. Nada disso é verdade. Para começar, o povo judeu já estava na região, além do sentimento sionista pertencer à cultura judaica a muito tempo.

Outra balela que contam é a de que não houve negociação para a criação do Estado israelita. Muito pelo contrário, vários acordos foram feitos, não se chegando a um acordo em função da intransigência palestina, mesmo contando com as regiões mais férteis.

Falando em intransigência e ódio ao povo judeu, o próprio Maomé disse “Jamais podem existir duas religiões na Arábia.” Ou seja, o Islã jamais iria admitir a criação de um Estado Judeu na região.

Segundo o Alcorão: “Quando enfrentardes os que descreem, golpeai-os no pescoço”; “Se não sairdes para lutar, Deus vos castigará severamente e outros porá no vosso lugar”; “Onde quer que encontreis politeístas, matai-os, sujeitai-os, vencei-os, emboscai-os”.

Portanto o fundamentalismo islâmico revela que o conflito na região existe em função de um sentimento antissemita. Os atentados terroristas e os bombardeios à região têm como único objetivo exterminar judeus. É evidente que estando em uma região cercada de países mulçumanos, o Estado de Israel tem que manter um exército forte como forma de protegem o seu povo. Se não fosse isso, certamente seria exterminado.

Sabendo da ignorância da população mundial, em especial dos esquerdistas que odeia o Israel e os Estados Unidos, o Hamas usa, como tática de guerra ataques, crianças e idosos como escudo humano, para que em um revide possam jogar a opinião pública contra Israel. Foi o que fizeram no ataque de julho. Se Israel consegue matar um terrorista palestino em um ataque cirúrgico, a ação é classificada como “terrorismo de estado”.

Portanto, não é Israel que não quer a paz, mas os fundamentalistas islâmicos que desejam exterminar o povo judeu e implantar a sharia na região. O próprio estatuto do Hamas declara que “não há solução para o problema palestino a não ser pela jihad”, a guerra santa muçulmana.

Falando da sharia, beira ao ridículo pessoas que se dizem humanistas se calar diante das várias cenas de pessoas sendo decapitadas, de mulheres sendo violentadas e todo tipo de barbaridade feita em nome da fé islâmica. Não vemos o povo no mundo se manifestar contra esses abusos. Preferem atacar Israel e os Estados Unidos, como se eles fossem os vilões da história. Chamo isso de hipocrisia e má-fé.

A grande verdade é que o principal alvo desses esquerdistas é a única democracia estabelecida naquela região, o país com pilares ocidentais mais parecidos com os nossos, com um respeito às mulheres longe de ser visto nos vizinhos muçulmanos, e bem mais próspero. Ataca-se, uma vez mais, o sucesso e a liberdade.

Trata-se de uma clara demonstração de inveja, já que Israel prosperou na região, chegando a um PIB superior a US$ 200 bilhões por ano e uma renda per capita de US$ 30 mil. Um país que representa o sucesso de um sistema capitalista próspero e democrático, que respira progresso e tecnologia.

Mais uma vez mostra o quanto são estúpidos os que defendem o Estado máximo e total, que representa o modelo totalitário, como o fascismo e o comunismo, e que são os mesmo que se dizem amar a humanidade, mas que são incapazes de amar ao próximo. Carregam no peito profundo ódio aos Estados Unidos e ao povo judeu, que com trabalho e liberdade, construiu uma civilização próspera em uma região seca e conflituosa, representando um símbolo do modelo liberal e capitalista.





terça-feira, 2 de setembro de 2014

Por que não acredito no Socialismo Cristão

Buda pregava o caminho do meio. Segundo reza a lenda, após anos tentando alcançar a iluminação por meio do desprendimento material total, sem, no entanto ter sucesso, ele vê um barqueiro passar. Encima do barco estava um “mestre-músico” que ensinava ao discípulo: "Você não pode esticar demais a corda do instrumento, senão ele arrebenta; nem afrouxar demais, senão ele não funcionará". Foi aí que Buda entendeu que o caminho da iluminação era o do meio, sem se entregar a extremos, como os antigos ascetas faziam, mortificando o corpo com pesadas penitências. Logo depois ele alcançou o nirvana.

O egoísmo é inerente a condição humana atual. Talvez demore milênios para ele deixar de existir. No entanto, é interessante procurarmos essa reforma íntima em nós mesmos ao invés de acharmos que se o nosso vizinho ou o nosso chefe não for egoísta, nós não seremos. Como é querer que todos doem tudo que tem em prol de um sistema "revolucionário" como o socialismo/comunismo, ao invés de nós mesmos nos darmos ao trabalho e desprendimento de fazerm isso. Alguns dirão: "Isso é um disparate, eu tenho apenas essencial. Quem tem que dar tudo é aquele que tem o supérfluo". Mas será realmente verdade, será que realmente temos só o essencial, de modo que não há nada que possamos doar?
Na minha visão. Pensar assim é um egoísmo. Um egoísmo que legitima a violência. Afinal, como você irá tirar de quem supostamente tem mais para dar a quem tem menos em um sistema nos moldes marxistas?

Nisso se esbarra em outros pontos. Por que produzir mais, se o esforço que farei não trará retorno imediato ou mediato a mim ou à minha família? Por que perder noites contínuas de sono para desenvolver uma teoria inovadora que será apropriada pelo Estado sem nenhum retorno que recompense o desgaste físico extremo a que você submeteu? Alguns dirão: "Como você é egoísta, é lógico que todos farão isso pelo bem da sociedade!" No entanto, essas mesmas pessoas, não deixariam de comprar um Iphone 4S, mesmo que fosse para doar parte do dinheiro a um pobre mendigo faminto na rua. Mas elas, apesar de tudo, querem que os outros façam. E se os outros se recusarem, serão taxados de egoístas.

As experiências socialistas do século XX provaram que o socialismo é uma tremenda de uma má ideia.
Agora quanto ao Socialismo x Cristianismo, como vejo muitas legendas evocar,  Karl Marx no livro "O Capital" prega que as instituições religiosas são meios de controle da classe que detém o controle sobre as demais. Marx, além disto, entende que a família, não é nada além de um meio de segurar o capital e as posses. Enfim... não irei me demorar muito neste assunto. Mas da minha perspectiva de vida, de alguém que inclusive já foi um militante socialista, esse sistema, o socialismo, não tem nada de cristão. E justamente o que o torna tão sedutor são promessas fáceis de um paraíso terreno que por razões óbvias não são concretizáveis.
Longe de criar um paraíso, são criados infernos de purgação, como Cuba, Camboja, Coreia do Norte e tantas outros. Nações que muitos intelectuais do nosso país parecem morrer de amor, mas que não ousam fazer as malas para morar.  Como certa vez disse Lênin: “Usaremos o “idiota útil” na linha de frente. Incitaremos o ódio de classes. Destruiremos sua base moral, a família e a espiritualidade. Comerão as migalhas que caírem de nossas mesas. O Estado será Deus“.


Acreditem ou não, essas foram palavras do maior líder comunista do século XX. Fonte de inspiração para centenas de milhares de intelectuais do século XXI, e que muitos irmãos parecem defender ardentemente. Mas é como falei. Ser socialista hoje é sinônimo de "ser bom". Ao invés de me comprometer em fazer o bem, obras de caridade, simplesmente digo que sou socialista e todos passam a me admirar por isso. "daí sou uma boa pessoa não por que faço o bem, mas por que sou socialista e ser socialista dispensa tudo o mais; afinal o "lobo mal" é o capitalista egoísta, que conquistou tudo por privilégio e não por mérito e nós comunistas somos os anjos bons desses tempos, os anjos iluminados, simples assim, como preto no branco ". Como disse anteriormente, vejo isso como parte do inconsciente coletivo do século XXI e do hedonismo e narcisismo que dominam nossa sociedade.

domingo, 31 de agosto de 2014

Por que o brasileiro gosta tanto de política?

Ao contrário do que muita gente pensa, o brasileiro gosta muito de política. No entanto, isso não é algo bom. Muito pelo contrário. Revela uma grave mazela de nossa cultura.

A grande verdade é que esse interesse e fanatismo do brasileiro quando o tema envolve política revela o quanto que esse povo depende do governo.

Isso mesmo! O povo brasileiro, em especial nas vésperas das eleições, demonstra uma paixão e um amor a um partido ou mesmo a um candidato, em função da sua dependência ao governo.

Infelizmente, o povo ainda não aprendeu a andar pelas próprias pernas. 

Neste país, todos esperam do governo um cargo público, uma bolsa, cotas, cursos gratuitos e todo tipo de benesses oferecidas por um "Estado babá".

Quantas vezes eu já ouvi pessoas dizerem: "não vote no candidato tal, porque ele vai acabar com os concursos públicos"; "Fulando de tal, se eleito, não vai aumentar o salário dos servidores públicos"; "o candidato tal é a favor do Estado mínimo, vai acabar com bolsa disso e daquilo" etc.

Algo que ninguém reflete é que a nossa política faz questão de manter essa dependência patológica de nosso povo ao governo. É daí que surge o poder dos partidos e sua influencia sobre as massas.

Obviamente que não é do interesse do governo que o povo caminhe por suas próprias pernas. Em função disso, continuaremos a ver essa legião de ignorantes, em seu fanatismo, digladiarem-se nas redes sociais e nos botecos de cada esquina em prol de um ou de outro governo. Eles não percebem o quanto são patéticos com esse comportamento.

O que precisamos é de uma nova forma de encarar a vida e a coisa pública. Entender qual é a verdadeira função do Estado e deslocar a energia para aquilo que de fato proporcionará o crescimento e a evolução do país, que certamente não é essa política que vemos.